Ele então se levantou e dirigiu-se para uma parede nua da caverna. Com o martelo e o cinzel, esculpiu os primeiros caracteres rúnicos sob o olhar amedrontado de seus irmãos, que não ousavam sair de baixo de suas peles quentes, sussurrando e escondendo os narizes do frio que lhes penetrava os ossos.

Sob a luz amarela que crepitava de uma fogueira, a profecia foi registrada; embora não se soubesse lê-la na época e os sinais na pedra causassem temor e aversão, pois ali, pela primeira vez, o mundo viria a se saber imerso em sombras...

Dentre os povos da tundra, das placas brancas do Norte, onde o vento dobra e volta, onde o dia é igual à noite, se levantará aquele que montará o cavalo de duas cabeças e portará a espada que porá fim à Fome de Íbus.

O anão, terminando seu trabalho, pousou as ferramentas no chão e dirigiu-se febril para a porta da mina. Caminhando pela neve branca, desapareceu na noite estrelada. Para nunca mais ser visto...

CONTINUA NO CAPÍTULO 1: O BÁRBARO